Sobre Leni David

Sou amante das artes. Gosto de ler, escrever, cantar, ouvir música, comer bem e de viajar. Tenho muitos amigos, todos especiais. Detesto hipocrisia, preconceito, mentira e injustiça. Sou licenciada e pós-graduada em Letras. Como professora, amo o meu trabalho e começaria tudo outra vez, se preciso fosse... Ah, gosto de cozinhar!

Exposição Dorminhocos

A Fundação Pierre Verger convida para a Exposição Dorminhocos, com fotografias de Pierre Verger, em cartaz no SESC Santo Amaro, em São Paulo, de 12 de março a 16 de junho de 2019.

Com curadoria de Raphael Fonseca, a mostra reúne 98 fotografias produzidas por Verger entre os anos de 1930 e 1950, durante as viagens do fotógrafo francês pelos cinco continentes – desde que saiu da França em 1932 – e flagram cenas de pessoas e animais dormindo em espaços públicos de vários países.

Sua presença é de grande importância para a Fundação Pierre Verger.
SESC Santo André
Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar – Santo André/SP.
Abertura: 12 de março de 2019, às 10 horas.
Encerramento: 16 de junho de 2019.
Visitação: Terça a sexta, das 10h às 22h; Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.
Censura: Livre.
Site: sescsp.org.br/santoandre

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Fundação Pierre Verger
+55 71 3203.8400
www.pierreverger.org
Instagram: @fundaçãopierreverger
Facebook: FundacaoPierreVerger

Événement. Brésil : minorités en danger

Bonjour à tou.te.s,

Dans le cadre de la venue à Paris de l’ex-député et défenseur des droits brésilien Jean Wyllys, Autres Brésils et Amnesty international France vous invitent à une rencontre exceptionnelle. Elle aura lieu mercredi 20 mars, de 19h00 à 21h30, à l’Hôtel de ville de Paris (5 rue Lobau, 75004 Paris).
Cette rencontre sera l’occasion d’évoquer la situation des défenseur.e.s des droits et des minorités stigmatisées au Brésil, avec une figure de proue de la lutte pour les droits LGBTQ+.

En présence de :
Mme. Hélène Bidard, adjointe à la Mairie de Paris en charge de l’égalité femmes-hommes et M. Frédéric Hocquart, adjoint à la Mairie de Paris en charge de la vie nocturne et de la diversité de l’économie.

Avec les interventions de :

  • Jean Wyllys, ex-député brésilien et défenseur des droits en exil
  • Geneviève Garrigos, responsable Amériques d’Amnesty International France
  • Erika Campelo, co-présidente d’Autres Brésils

Le nombre de place pour cet événement est limité. L’inscription est obligatoire : ici

Pour des questions de sécurité, la présentation d’une pièce d’identité sera exigée à l’entrée.

Nous espérons vous retrouver nombreuses et nombreux pour cet évènement exceptionnel.

Até logo

L’Équipe d’Autres Brésils

21ème Festival de cinéma brésilien de Paris 2019

Nous avons le plaisir de vous annoncer la programmation du 21ème Festival de cinéma brésilien de Paris 2019, du 9 au 16 avril au Cinéma l’Arlequin ! Nous sommes très fiers de la parité hommes-femmes au sein des réalisateurs/trices des films.

Plus d’une vingtaine d’invités viendront présenter les films sélectionnés et comme chaque année, débats, concerts et caipirinhas seront aussi de la partie !

https://www.jangada.org/festival-events-fr/festival-de-cinema-bresilien-de-paris-21

A Casa do Sertão – UEFS

Conheci a Casa do Sertão, pequeno museu retratando os costumes e a produção artística sertaneja, incluindo os  famosos cordéis, em 1984. E pequeno, mas é necessario para valorizar as tradições do Sertão. A Casa do Sertão tem hoje 40 anos e reproduzo aqui o anúncio das comemorações desse evento.

Denis

Casa do Sertão – UEFS – Feira de Santana

Casa do Sertão celebra 40 anos com atividades para todos os públicos

Dando prosseguimento às comemorações alusivas aos 40 anos de implantação, o Museu Casa do Sertão, localizado no Campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), oferece uma série de atividades para o público adulto e infantil. A iniciativa, dentre outros, visa fortalecer o interesse da população sobre importância histórica e cultural dos museus.

Até 15 de dezembro, os visitantes poderão interagir com as intervenções artísticas. Na área externa, no caminho até a chegada no Museu Casa do Sertão, o agitador cultural Luciano dos Anjos propõe, através do reaproveitamento de materiais, uma rica interface entre pintura e poesia em homenagem a personalidades Feira de Santana como Noratinho da Pamonha, além de temas e locais que compõem o imaginário da comunidade, como a caixa d’água do Tomba, mandacarus e pássaros. As obras são representadas em cores quentes e vibrantes, combinadas a versos e poesias autorais para referendar memórias que não se apagam.

Exposições

Nas salas dedicadas a atividades de curta duração são apresentadas discussões estéticas a partir de trabalhos de servidores que também realizam oficinas didáticas. Na exposição ‘Gemicrê Nascimento – Mostra caminhos no tempo’, o artista apresenta um olhar sobre sua trajetória criativa. Professor do Departamento de Letras e Artes da Uefs, mestre em Desenho, Cultura e Interatividade e especialista em Metodologia do Ensino do Desenho, Gemicrê realiza oficinas e workshop no território nacional resgatando técnicas ancestrais, a partir do uso do solo, comuns na pintura dos desenhos rupestres, obtendo na natureza seus principais pigmentos.

Já a mostra ‘A Casa do Passarinho e Outros Desenhos’, da servidora Paula Gesteira, resulta de pesquisas autorais sobre a concepção da imagem a partir de uma apropriação de cosmos lúdicos para enfocar o feminino. Conforme a artista trata-se de universo que para muitos é caracteristicamente hermético, mas que, no seu olhar apurado, eclode em energia e vivacidade, brindando o observador com as inusitadas soluções para um arranjo espacial cromático de personalidade.

A programação conta com apoio do Núcleo de Estudos para as Relações Étnico-Raciais e Educação Quilombola, da Secretaria Municipal de Educação. O Núcleo apresenta bonecas Abayomi, termo que no idioma Iorubá significa ‘encontro precioso’, conhecidas historicamente como um símbolo de resistência. Nos navios negreiros a construção se dava a partir do retalho da saia das mães. Depois de criadas, as bonecas, feitas de tranças e nós, serviam como amuleto de proteção.

Visita de Criancas

Saiba mais sobre o Museu Casa do Sertão:

http://www.uefs.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=119

Serviço:

Local: Museu Casa do Sertão – UEFS

Contato: (75) 3161-8750

Av. Transnordestina, s/n – Novo Horizonte, Feira de Santana – BA, 44036-900

E-mail: museucasadosertao@uefs.br

Atendimento:

Segunda-feira: das 14h às 17h30.

Terça-feira a sexta-feira: 8h às 11h30 e das 14h as 17h30.

 

Quanta lameira guajira quanta lameira

Eu nasci durante a ditadura militar no Brasil, não lembro de nada pois foi em 1976, só lembro das historias que minha Mãe me contou.
Eu não sei o que é repressão pois tenho sorte de morar no País das Luzes, onde muitos direitos são respeitados. Temos saúde, temos educação gratuita e a repartição das riquezas é feita na base dos impostos.

Podemos criticar o governo quando pagamos muitos impostos, mas temos também que lembrar que favorece as famílias mais humildes. Eu me sinto bem por contribuir a meu nível fazendo um esforço justo.
Minha filha vai na mesma creche que a neta do açougueiro do meu bairro. Porque seria diferente ?
Na creche se trata sem diferença as crianças que pagam um valor menos importante pelo mesmo serviço. O que pagamos é calculado a partir da renda de cada um. Vamos dizer que quem ganha mais, contribui para os que ganham menos.

Tirando essa – a parte– de repartição da riqueza, e voltando a liberdade, aqui os debates são outros como autorizar ou não o véu para as muçulmanas na escolas, pois a escola é laica.
Se adaptar ou não com os diferentes regimes alimentícios : que as crianças sejam filhos de vegan, vegetarianos, muçulmanos que não comem porco, judeus que não comem porco e não misturam leite com carne…  sem falar das alergias que podem se revelar nos primeiros anos de vida.

A liberdade é o que finalmente ?
O que entendi de liberdade quando era menina era poder cantar a música que se queria, era poder falar mal do governo porque não estávamos de acordo com suas política. Atos que não era possíveis nos meus primeiros anos de vida no Brasil.

Caminhando e Cantando de Carlos Sodré foi censurada durante muitos anos, Geraldo Azevedo também foi vítima com sua « Canção de Despedida ». Caetano Veloso,  exilado escrevia « London, London » e « Debaixo dos Caracóis » com muita saudade de sua terra… Ele se espantou com os policiais de Londres em países eram gentis e indicavam até o caminho.

Muitos outros artistas que não tiveram a oportunidade de conseguir se exprimir com suas prosas e tiveram outros destinos.

Liberdade para minha Mãe na década de 70 no Brasil era poder cantar as músicas que queria num barzinho em Feira de Santana, se me lembro bem, era no Mercado de Arte Popular, onde se comia uma maniçoba deliciosa que ela e seus amigos cantavam o que podia ser cantado.
Sempre havia alguém para espiar, denunciar uma infração que podia ser simplesmente cantar o que não se podia.
Uma música nesta época que vinha direto de Cuba. Música que já foi usada, nos Anos 30, pelo locutor de Radio Joselito Fernández em Cuba,  para passar mensagens mudando umas letras.

Conheço poucos militares de carreira,  o pouco que sei é que podem ser coronéis, sargentos, marinheiros, médicos ou até presidentes. Porém esse Corpo de Estado, nos anos da ditadura militar no Brasil parecia não ter pessoas de Letras, graças a essa ausência de “letrados”, a censura deixava passar algumas músicas. Guantanameira em versão transgressiva era Quanta lameira.

Os poucos desobedientes altamente letrados, cantavam Quanta lameira para criticar o regime, porque a censura não parecia para entender o segundo grau.

A falta de poder de expressão pode ajudar também a desenvolver a criatividade. Mas queremos voltar a esse ponto?
Quando ouço com minha filha os Saltimbancos de Chico Buarque, música que ouvia na mesma idade que ela na radiola de casa, seguindo minha Tia Cida, me dou conta que não envelheceu nem um pouco.
A memória é curta mas tem muitas pessoas que ainda que lembram não é?

… « Era uma vez
(e é ainda)
Certo país
(E é ainda)
Onde os animais
Eram tratados como bestas
(São ainda, são ainda)
Tinha um barão
(Tem ainda)
Espertalhão
(Tem ainda)
Nunca trabalhava
E então achava a vida linda
(E acha ainda, e acha ainda) » …
Chico Buarque