Um poema de Fernando Pessoa

 

Navegar é preciso

 

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

“Navegar é preciso;  viver não é preciso”.

Quero para mim o espírito desta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.

                                               Fernando Pessoa

Para descontrair

 

O marido e a mulher não se falavam há uns três dias; nenhum dos dois dava o braço a torcer. Ele se lembrou, porém, que no dia seguinte teria uma reunião muito cedo no escritório e como precisava acordar cedo, resolveu pedir à mulher para acordá-lo.

Mas, para não dar o braço a torcer, escreveu num papel:”Me acorde às 6h da manhã’; tenho um compromisso importante.

No outro dia, quando acordou e olhou o relógio ficou indignado; eram 9:30h e a mulher não o acordara.

O marido teve uma crise e enquanto se vestia às pressas, pensava revoltado: que meeer@#&%daaa! Que absurdo! Que falta de consideração! Aquela infeliz foi trabalhar e não me acordou…

De repente, olhou para a mesa de cabeceira e reparou numa folha de papel na qual estava escrito em letra enormes:

SÃO SEIS HORAS… LEVANTA!!!

Moral da História: não fique sem falar com as mulheres; elas ganham sempre, estão certas sempre, e são simplesmente geniais em questões de vingança.