Poemas – Raymundo Luiz

 

POÇO

Perder-se.

Ai, perder-se – sim

no próprio mistério do trajeto

das sacudidelas

agônicas.

SEGREDOS

Tudo guardado

no cofre das reminiscências:

oblíquas pontes

flores no cio

latitudes calosas.

Tudo o que já não é o mesmo

e visto pela fresta

da noturna alma.

POEMETOS

                VI

            P/ Elieser César

Em cada alma

desliza

Indomável barco.

A corda

não amarra

o sussurro das âncoras.

 

                VIII

 Os panos das velas

(anônimos veleiros)

seguem no regaço

das cantigas dos ventos.

 

HAICAIS

            9

Oiro parido.

Dez mil nuvens de viés.

Sol no poente.

           12

 Lagarta na folha

Colorida transmutação

efêmeras asas

           13

 Na noite espessa

vagalumes encandeiam

As veias da floresta

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