Dia da Mulher: homenagem, ou reflexão?

“Apesar da festa e das homenagens, nesse 08 de março me pergunto o que se deve comemorar: a força ou a vulnerabilidade da mulher? Enquanto mulher fico indignada com a discriminação e o horror a que são submetidas muitas companheiras. Sabemos de mulheres que apanham de homens, mulheres que são discriminadas no trabalho; mulheres que vivem na rua, mulheres mal-remuneradas, enfim, mulheres maltratadas por esse mundo à fora.

Falam de conquistas da igualdade de direitos entre homens e mulheres, igualdade reconhecida, mas muitas vezes discutida e tripudiada, porque na prática as desigualdades persistem e são gritantes.

Proponho que esse dia internacional da mulher não seja somente um dia de celebração, um dia de festa, mas sobretudo, um dia de reflexão sobre o papel da mulher na sociedade atual. Que a comemoração não se restrinja ao almoço ou jantar no restaurante, ao buquê de flores, ao cartão de felicitações ou àquelas exaltações caricaturais tão bem utilizadas pela mídia.

Sejamos simplesmente MULHERES, assim mesmo, com letras maiúsculas. Mulheres conscientes e que se orgulham da sua condição, em casa, no trabalho, na rua, na escola, em todo lugar; mulheres trabalhadoras urbanas ou rurais, professoras, motoristas, médicas, cabeleireiras, advogadas, maquinistas, esteticistas, garis, artistas, cozinheiras, bancárias, domésticas, donas de casa, floristas, dentistas, manicures, comerciárias, atrizes, artesãs, enfermeiras, costureiras, empresárias, manequins, mães de santo, bailarinas, faxineiras, santas, loucas, enfim, MULHERES!” 

                                                                                (Leni David)

 

Observação: Publicado paralelamente no Blog “De tudo um pouco”