Fernando Augusto e a Exposição ‘Habitar’ no CUCA

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) através do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) lança nesta quinta-feira (13) a partir das 20 horas a exposição de pintura e fotografia intitulada ‘Habitar’ do artista plástico Fernando Augusto. Com o objetivo de pensar o universal a partir de lugares comuns das experiências e afetos, dos espaços em que vivemos, trabalhamos e estabelecemos relações, a exposição foi sucesso de público em Recife (PE), na Galeria Amparo 60.

Por conta desse sucesso, Fernando Augusto promoverá um bate-papo durante o coquetel de abertura da exposição para apresentar o processo de criação dos objetos expostos. A mostra ficará aberta para visitação na Galeria de Arte Carlo Barbosa até 11 de outubro.

Segundo o artista, busca-se enfatizar a visualização de lugares comuns como janelas, cantos de paredes ou o ônibus a partir de uma relação criativa e estética, uma vez que a autonomia da pintura, a partir do abstracionismo informal e geométrico, nos leva a pensar que o seu questionamento, hoje, não recai somente no como pintar, mas também no que pintar.

Fernando Augusto, baiano natural de Itanhém, é doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e pela Lúniversité Paris I – Sorbonne França, e é professor do Centro de Arte da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Ascom/Uefs

 

Exposição Itinerante Museus da Bahia: Identidade e Territórios

A partir do dia 03 de setembro, o Centro de Cultura Amélio Amorim, localizado em Feira de Santana, abriga a exposição itinerante Museus da Bahia: Identidade e Territórios. A mostra é uma realização da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC), autarquia da Secretaria de Cultura do Estado, em parceria com o Centro de Cultura e fica em cartaz até 28 de setembro, das 8h às 21h. A entrada é gratuita.

Idealizada pelos museólogos Guilherme Figueiredo e Ana Cristina Coelho, a exposição apresenta o perfil dos museus vinculados à estrutura da DIMUS e das 217 instituições museais mapeadas no estado. São 23 painéis que, através de mapas, fotografias e dados estatísticos, evocam o patrimônio integral de 25 territórios de identidade baianos. O total de municípios com espaços museais, situação quanto ao funcionamento e a distribuição dos museus no estado são algumas das informações apresentadas. No território Portal do Sertão, que inclui Feira de Santana e mais 16 municípios, foram mapeados sete espaços museais.

Em Salvador, a exposição Museus da Bahia: Identidade e Territórios já foi apresentada no Centro de Convenções, durante a 10ª Bienal do Livro da Bahia, na Praça Municipal, por ocasião da 10ª Semana de Museus, e em escolas dos bairros de Cajazeiras e Itapuã. A mostra também já circulou por Ilhéus e Vitória da Conquista e nos meses de novembro e dezembro será montada em Jequié e Porto Seguro.

O Centro de Cultura Amélio Amorim fica situado na Av. Presidente Dutra, 2222, Capuchinhos, Feira de Santana. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (75) 3625-0572.

Serviço:

O que: Exposição itinerante Museus da Bahia: Identidade e Territórios

Onde: Centro de Cultura Amélio Amorim – Av. Presidente Dutra, 2222, Capuchinhos, Feira de Santana.

Quando: Abertura dia 03 de setembro. Visitação até 28 de setembro, das 8h às 21h. Tel: (71) 3117-6381 (DIMUS). (75) 3625-0572 (Centro de Cultura Amélio Amorim).

 

Centenário de Jorge Amado – Mostra mergulha na vida e na obra do escritor baiano

A partir de hoje, 09 de agosto às 19h, o público baiano poderá participar da abertura da exposição “Jorge, Amado e Universal”, em cartaz no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA). A mostra, aberta até o dia 14 de outubro, já passou pelo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e atraiu mais de 130 mil pessoas.

Salvatore Carrozzo

Tereza, Flor, Gabriela, Dora. São muitas e diversas as mulheres de Jorge Amado (1912- 2001). Assim como os homens: Nacib, Vadinho, Pedro Arcanjo… Eles habitam os romances e o imaginário de leitores no Brasil e no mundo. Todos saídos da cabeça inventiva do autor, que por sua vez também não era um só.

As diversas facetas de Jorge – o escritor, o marido, o pai, o político, o amigo, o viajante – são a tônica da exposição Jorge Amado e Universal, um dos destaques da programação do  centenário de Jorge, comemorado amanhã. A mostra tem abertura para convidados, hoje, e para o público, amanhã. Depois de estrear no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, chega ao Museu de Arte Moderna da Bahia, no Solar do Unhão.

Quem é Jorge?

Para um nome forte da literatura, um time de peso. A direção geral é de William Nacked, que produziu as exposições sobre Clarice Lispector (1920–1977) e Gilberto Freyre (1900–1987) no Museu da Língua Portuguesa. A cenografia é de Daniela Thomas e Felipe Tassara; e a parte multimídia foi desenvolvida pela O2 Filmes, do cineasta Fernando Meirelles.

“Quando nós começamos a montar a exposição, eu disse: ‘ninguém conhece Jorge’. Me chamaram de louco. As pessoas conhecem algumas obras de Jorge Amado. Com a mostra, vamos apresentar quem é esse Jorge, essa Bahia, esse Brasil, esse mundo”, afirma o diretor, em referência ao contexto sócio-histórico.

Jorge Amado e Universal foi dividida em módulos. O primeiro é dedicado aos personagens, como Gabriela e Nacib (Gabriela, Cravo e Canela), Pedro Arcanjo (Tenda dos Milagres) e  Antonio Balduíno (Jubiabá). O segundo espaço apresenta a faceta política do autor, que foi eleito deputado federal por São Paulo no ano de 1945, pelo Partido Comunista Brasileiro.

Há ainda espaço para a malandragem e a sensualidade presentes nos livros, depoimentos de amigos, artistas e críticos, além de uma cronologia da vida do escritor. O visitante pode ver curiosidades, como fotos de Jorge Amado com sua mãe, Eulália Leal Amado; e escritos originais de Tieta do Agreste.

O custo da exposição, em São Paulo e na Bahia, foi de R$ 3 milhões, metade foi captado com patrocínio via Lei Rouanet. O plano é fazer com que a mostra fique circulando até 2014. No Brasil, já estão definidas duas cidades: Recife – local da próxima etapa – e Rio de Janeiro. Paris, na França, Frankfurt, na Alemanha, e Porto, em Portugal, estão em fase de negociação.

Múltiplos

A cineasta Cecília Amado, neta de Jorge, é só alegria para falar da exposição. “Está incrível. Deram um olhar contemporâneo, de modo a aproximar meu avô das novas gerações. É uma exposição sensorial bem completa, todos os detalhes, os sons. Tem até cheiro de cacau torrado”, observa.

Em pouco mais de dois meses, a mostra foi vista por 143 mil pessoas em São Paulo. E a amadomania ultrapassa o Brasil. Neste ano, aumentou o  número de pedidos de editoras estrangeiras interessadas em editar sua obra.

Para a exposição, a equipe do MAM preparou uma programação com debates, oficinas, contação de histórias e ações voltadas para o público infanto-juvenil. As atividades podem ser conferidas em www.bahiamam.org. “Quem for na exposição vai entrar com um Jorge na cabeça e sair com vinte”, afirma William. Bem que dizem: toda leitura é, na verdade, múltipla.

Fonte: MAM e Correio da Bahia

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