Protesto

 

Desrespeito à arte

O artista plástico Leonel Mattos, que participou da exposição Arte efêmera em Feira de Santana, fez o seguinte protesto:

“Estive em Feira de Santana para realizar uma intervenção  urbana de Arte Efêmera, por sinal com um excelente resultado. Lamentável foi ver o monumento do artista plástico Feirense, JURACI DOREA, coberto  uma parte, com um tecido vermelho servindo de varal de corda!
Amanhã vou fazer uma carta ao prefeito de Feira de Santana para pedir a retirada do tecido, que não sei se foi para a decoração do Natal ou coisa parecida!”
Leonel Mattos
Artista Plástico e Presidente do SINAPEV-BA

Exposições no Cuca marcam o aniversário de Feira de Santana

 

Exposições no Cuca marcam o aniversário da cidade

Na semana festiva em comemoração ao aniversário da cidade, a Galeria de Arte Carlo Barbosa e o Museu Regional de Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) brindam o público com as exposições “Sant’Anas de Osmundo”, do artista plástico Osmundo Teixeira e a coletiva “Sant’Ana – Imagens seculares e uma história com novos olhares”.

Com a curadoria da Galeria Prova do Artista, as duas mostras estão programadas para esta quinta-feira (7), às 19h, e permanecem em cartaz até 18 de agosto. A exposição de Osmundo, na Galeria Carlo Barbosa, no Cuca, apresenta 10 esculturas em tamanhos diversos, inspiradas na iconografia de Santana, abrangendo a vida da familiar da santa, como também a de Nossa Senhora e São Joaquim.

Já a exposição “Sant’Ana”, apoiada pela Paróquia do Santíssimo Sacramento Arquidiocese de São Salvador da Bahia, reúne no Museu Regional de Arte, cerca de 30 obras de artistas baianos contemporâneos, que através de diferentes linguagens buscaram novos
diálogos.

“Apoiar iniciativas que visam a recuperação da memória histórica e artística baiana, é um dever de toda instituição que valoriza a cultura”, afirma o artista plástico Cesar Romero. Por isso mesmo, acrescenta, “o Museu Regional de Arte e a galeria Carlo Barbosa abrem as portas para que o público tenha a oportunidade de apreciar as obras ali expostas”.

Participam da coletiva os artistas baianos Luiz Humberto de Carvalho, Washington Falcão, Juraci Dórea, Dom Gregório Paixão, Gil Mário, Eliana Kertz, Sergio Rabinovitz, Cesar Romero, Guache Marques, Lucia Biondi, Maria Adair, e muitos outros.

Socorro Pitombo / Assessoria Cuca/Uefs

Obra de Juraci Dórea é destaque em mostra de arte em São Paulo

No período de 27 deste mês a 3 de junho, o artista plástico Juraci Dórea participa da exposição individual “Arquivos em Processo”, em São Paulo. A mostra é promovida pela Intermeios – Casa de Artes e Livros e pelo Centro de Estudos da Oralidade (PUC/SP), com apoio da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Apresentará documentos que compuseram o processo de criação do artista feirense no Projeto Terra.

Esculturas feitas de madeira e couro fincadas em pleno sertão compõem o Projeto Terra, que chamou a atenção dos críticos justamente por mudar o circuito tradicional da obra de arte, tirando-a dos locais previstos e previsíveis. Seu criador, por hábito, registrava cada etapa em diversas mídias: fotos, vídeos, gravações de áudio e anotações num diário. Este registro ganhou status de obra ao se transformar em livros e exposições nos museus e bienais. O projeto nasceu para viver em lugares inusitados e ganhou o mundo através da sua documentação.

A exposição, que tem a curadoria das professoras Jerusa Pires Ferreira e Cecília Almeida  Salles, além de Carolina Lobo, mestranda na PUC/SP, apresenta vídeos, fotos, anotações e outros documentos que compuseram o processo de criação no Projeto Terra, com o qual o artista participou de exposições como as Bienais de São Paulo, Veneza e Bienal de Havana, entre outras.

Coletivas

Juraci Dórea também participa da mostra “Artistas Arquitetos” – Coletiva que pode ser visitada até 30 de junho, no Museu Regional de Arte, em Feira de Santana. Nessa exposição ele apresenta quatro obras da série Cenas Brasileiras.

Com a instalação ”Concerto para Raposas e Violoncelo”, Juraci Dórea ocupa uma das salas do Museu de Arte Contemporânea, na coletiva “Pontos Cardeais”, que fica aberta ao público até 15 de junho, ao lado de Maristela Ribeiro, Edson Machado e George Lima.

Lembranças de Feira de Santana” é a instalação que o artista apresenta na Exposição “Intercâmbio Bahia & São Paulo” – coletiva que já foi vista em Feira de Santana. A mostra será aberta em 1º de junho, na galeria Asia Arts/ Asia 70 em São Paulo, com artistas baianos como Leonel Matos, Sante Scaldaferri, Bel Borba, César Romero e Sergio Rabinovitz e os paulistas, Caciporé Torres, Ivaldo Granato e Antonio Peticov, entre outros.

Socorro Pitombo – Assessoria Cuca/Uefs

 

 

Artistas arquitetos expõem no Museu Regional de Arte da Uefs

Com a Curadoria da Prova do Artista Galeria de Arte, será realizada no dia 19 deste mês, no Museu Regional de Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana, a exposição Artistas Arquitetos. O evento, coordenado pelo Cuca, tem vernissage agendado para as 19h.

Participam da mostra os artistas arquitetos da Bahia Juraci Dórea, Luiz Humberto de Carvalho, Jamison Pedra, Almandrade, Eneida Sanches, Chico Mazzoni, Aruane Garzedin, Igor Souza, Lourenço Muller, Arsênio Oliveira, Eliezer Nobre e Waldo Robato.

Juraci Dórea será destaque na exposição, como único artista feirense com sala especial na Bienal de São Paulo em 1988 e sala especial na bienal de Veneza, em 1998. Outro homenageado será Diógenes Rebouças, primeiro artista arquiteto da Bahia. “Ele foi responsável pela formação de muitos profissionais da área, quando arte e humanismo eram ingredientes da construção civil”, revela o artista plástico Almandrade, acrescentando que nessa exposição, Diógenes terá apresentação do professor e historiador Francisco Sena.

De acordo com Almandrade, que também é poeta e arquiteto, a curadoria da mostra adotou como critério a passagem do artista pela Escola de Arquitetura, arquitetos de formação que descobriram ou tornaram-se artistas plásticos por caminhos e interesses diversos, até contraditórios. Neste caso, pontua Almandrade, “é evidente a diversidade de linguagens e estilos que, por outro lado, refletem tendências articuladas com a pluralidade da arte contemporânea”.

Socorro Pitombo – Assessoria Cuca/Uefs

 

Um poema de Juraci Dorea

 

ENREDO

Inútil  é tentar conhecer o homem:

sempre haverá um rosto  (oculto)

a decompor o homem em trevas.

 

Pouco importa o jogo

a fantasia, a valsa:

o homem é o mesmo

e seu corpo dança

entre máscaras.

 

É inútil tentar conhecer o homem:

haverá sempre um lobo    (oculto)

a devorar, do homem, o sopro,

a alma, os dentes.

    (Juraci Dórea – Novembro 1999)