Exposição de Silvério Guedes

 

Local: Galeria da ACBEU

Título: Paisagem Fragmentada (FOTOGRAFIAS)

Data: Abertura: 03.12.2010 das 19:00 às 22:00h.

Visitação: de 04 a 18.12.2010 (segunda a sexta) das 14 às 20h, sábado das 16 às 20h  (entrada franca).

Curadoria : Dilson Midlej

O artista é natural da cidade de Barbacena, Minas Gerais, radicado na Bahia desde 1984. Já expôs na Galeria Carlo Barbosa do Centro Universitário de Cultura e Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana (2009).

Participou também da IX Bienal do Reconcavo (2008), da exposição coletiva de inauguração do Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana (1996), do XI Salão Regional de Artes Plásticas da Bahia, realizado no Centro de Cultura Amélio Amorin , em Feira de Santana (1995).

As cores, formas e detalhes das embarcações estacionadas nas praias do Porto da Barra, Ribeira e Rio Vermelho, em Salvador, chamaram a atenção do artista e foram o ponto de partida para a realização do seu trabalho.

Com um olhar muito particular, Silvério captou suas imagens, as quais denominou “Paisagem Fragmentada” numa metáfora ao fenômeno geográfico de fragmentação da paisagem provocada pela ação humana.

 

Texto do curador Dilson Midlej

“As ondas de cores das pinturas dos barcos das imagens de Silvério que compõe a série “Paisagem Fragmentada”, com suas camadas de tintas carcomidas pelo sal e enrugadas pelos mares dos anos, formam um conjunto que celebra a brisa do mar e a luz solar. Pode-se mesmo dizer que o conjunto denota a preocupação do fotógrafo na busca de uma possível perfectibilidade da paisagem, ou melhor, da postura do artista frente a natureza.

Perfectibilidade, entenda-se na acepção de se aperfeiçoar, conforme notou Rousseau, não o de se tornar perfeito. Assim, somente o imperfeito é perfectível, mas só o é contanto que possa mudar, e se mudar. A perfectibilidade seria, então, uma evolução, mas histórica e cultural, em vez de natural.

Não é, portanto, a natureza externa (paisagem natural) que move o fotógrafo, mas a perfectibilidade de enxergar, o aperfeiçoar da visibilidade das estruturas de cores, volume e texturas, pois a paisagem ideal, nas imagens de Silvério, não é aquela que se oferece completa e sim a forjada pela navegação do olhar, por lentes, filtros e objetivas que remam a sensibilidade e apontam novas rotas e ancoradouros.

O resultado é o encontro do olhar navegador do fotógrafo com a sua paisagem interior, olhar esse que resgata suas paisagens internas e deixa aflorar os sentidos submergidos da beleza das coisas simples e resulta em composições às quais se valem de uma geometria sensível como recurso expressivo. Olhar movido pela crença de que mais do que contemplar paisagens, é preciso navegá-las e descobri-las ao mesmo tempo que as reconstrói.”

Dilson Midlej é Mestre em Artes Visuais (UFBA) e Professor de História da Arte da Universidade Federal do Recôncavo

Justino Marinho

Clube de fotografia Gerson Bullos realiza exposição

   

Como parte das comemorações do 3º aniversário do Clube de Fotografia Gerson Bullos, no dia 19 de agosto, dedicado mundialmente à Fotografia, foi aberta a Exposição Fotográfica “Bando Anunciador – Um Resgate Cultural” nas dependências do Boulevard Shopping. A exposição composta por sessenta fotografias retrata momentos de beleza, alegria e descontração captados durante o desfile do Bando Anunciador 2010, ocorrido no mês de julho passado pelos fotógrafos Antônio Vieira, Angelo Pinto, Claudia Freire, Lula Mascarenhas, Tomaz Coelho, Salete Bitencourt, Francisco Carlos e Dilson Morais.

O Bando Anunciador da Festa de Sant’Ana surgiu como uma manifestação popular no início do século XX, com o objetivo de divulgar a Festa da Padroeira de Feira de Santana, num período onde não existiam os meios de comunicação, tornando-se o grande marco para o início das comemorações da Festa de Sant’Ana.

O Bando Anunciador que as atuais gerações passam a conhecer, envolvia a juventude da época, que ganhava as ruas rumo à Igreja da Matriz,  reunindo mascarados, baianas com suas roupas típicas, cabeçorras e um grande número de populares que percorriam as poucas ruas centrais da cidade ao som de zabumbas e do espocar de foguetes e fogos de artifício, tendo como característica maior a irreverência, além de muita alegria e animação. A exposição ficará aberta ao público até o dia 29 de agosto.