Estação verão SESC 2012

 

Com o intuito de irradiar saúde e alegria na estação do sol nos meses de janeiro, fevereiro e março, inclusive no período do carnaval, o SESC está desenvolvendo domingos de lazer e diversão com shows musicais dos mais variados ritmos, sendo 02 (dois) a cada domingo, valorizando sempre os artistas da terra.  E, durante a semana, de terça a sexta feira (de 03/01 a 03/02/12) a piscina está aberta para o lazer do associado e seus convidados.

No próximo dia 08/01/12, a partir das 09:00 horas, o Estação Verão SESC 2012 inicia a sua temporada de festas com todo o swingue do grupo Pop Afro, e o arrocha de Mazinho Venturini, além de apresentação de Dança Afro e Hip hop.

Também acontecerá durante todo o verão o programa SESC Saúde no Verão e SESC Meio Ambiente no Verão, com Aferição de Pressão, exposição monitorada, mostra de Vídeos e Oficinas de Brinquedos Recicláveis ofertadas pelo SESC e com o apoio do Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Secretaria Municipal de Saúde.

Exposição de presépios no museu Casa do Sertão

O Museu Casa do Sertão, localizado no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), realiza, durante o mês de dezembro, exposição de presépios composta por 99 esculturas do acervo próprio. Feitas em madeira, papel machê ou barro (mono e policromado), as peças retratam a sensibilidade de artesãos como o santeiro Domingos Paixão, Dona. Fia, Crispina dos Santos e Marilene Brito, e ilustram um dos mais populares temas da liturgia católica, o Natal.

O público pode visitar a exposição das 8 às 11h30 e das 14 às 17h30. Visitas em grupo podem ser agendadas através do telefone (71) 3161-8099 ou ainda pelo e-mail
museucasadosertao@gmail.com.

Representações iconográficas do nascimento do Menino Jesus montados nas salas de visitas dos lares e/ou igrejas ainda hoje são elementos recorrentes do cenário sertanejo durante o período natalino. Diante dos presépios, as famílias e membros das comunidades, especialmente as rurais, expressam a devoção através de cantigas e rezas, associando sagrado e profano como nas Folias de Reis.

Identidade regional

Por todo o Nordeste é celebrado o nascimento do menino salvador, “reinventando o saber de velhas tradições, de forma viva e criativa, acompanhando a dinâmica da vida dos participantes, que reforçam nessas práticas sua identidade social”, conforme
salienta a diretora do Museu Casa do Sertão, Cristiana Barbosa.

Montados em muitos lugares, é notadamente no sertão baiano que os presépios ganham aspectos do cotidiano regional, com a incorporação de cenas locais e vegetação da caatinga, além de materiais como areia, búzios, pedras e brinquedos. Em algumas localidades é comum grupos de Folia de Reis que se apresentam desde as comemorações do advento até o dia 6 de janeiro, dia em que se comemora a adoração dos Reis Magos e realiza-se, após o desmonte do presépio, a queima da lapinha.

O culto ao Menino Jesus foi iniciado por São Francisco de Assis que montou o primeiro presépio em 1223. Essa tradição foi se desenvolvendo ao longo do tempo e se espalhou por todo o mundo cristão. Em decorrência da montagem de presépios em templos, praças e residências, iniciou-se ainda no século 16 a dramatização com canto e dança, a maioria composta por autores populares e anônimos, como a louvação ao
nascimento de Jesus.

Ascom/Uefs

Clube de Fotografia Gerson Bullos – Viagem Fotográfica a Rio de Contas

Um grupo formado pelos fotógrafos Antônio Vieira, J. Angelo Pinto, Claudia Freire, Marcio Medrado, Valcir Gobatto e seus familiares, realizou de 11 a 15 de novembro de 2011 uma viagem ao município de Rio de Contas – BA, com o objetivo de produzir um documentário fotográfico desta bela cidade da Chapada Diamantina.

Rio de Contas foi criada pela Provisão Régia de D. João V, datada de 02 de outubro de 1745 e afirmam alguns historiadores que ela foi a primeira cidade planejada do Brasil. O município preserva o traçado antigo, apresentando praças e ruas amplas, igrejas barrocas, monumentos públicos e religiosos em pedra e casarios em adobe. Rio de Contas está situado no Planalto da Serra das Almas, aproximadamente a 1.100 metros de altitude, na Chapada Diamantina Meridional, posição Centro-Oeste.

Atualmente a cidade de Rio de Contas é um importante polo de ecoturismo na Bahia e onde se experimenta a tranquilidade das pequenas e antigas cidades, com seus moradores sentados ao final das tardes em cadeiras nas calçadas, crianças brincando nas praças, encontro dos amigos nos dias de feira, tudo isto emoldurado por uma beleza arquitetônica muito bem preservada, lindas montanhas e uma natureza exuberante.

Os pontos mais altos do Estado da Bahia estão localizados em Rio de Contas. Pico Barbados, com 2.033 metros; Pico Itobira, com 1.970 metros; Pico Tromba, com 1.965 metros e Pico das Almas, com 1.958 metros de altitude. Uma região de flora muito rica, com suas lindas bromélias e orquídeas, lindas cachoeiras, muitos rios e um povo
amável e hospitaleiro.

Os fotógrafos associados ao Clube de Fotografia Gerson Bullos que participaram deste projeto, produziram um total de aproximadamente 7 mil imagens e planejam a publicação de uma revista denominada “Rio de Contas – O ponto alto da Bahia”, onde divulgarão belas fotos e um pouco da história local, no início do próximo

A Oficina de Criação Artística (OCA) realiza exposição no Amélio Amorim

A direção do CUCA informa que na próxima quinta-feira, dia 24 de novembro, acontecerá a abertura da Exposição 2011, promovida pela OCA – Oficina de Criação Artística – como resultado de suas oficinas, com apresentação de um catálogo, resultado da seleção das melhores obras elaboradas pelos seus alunos durante o segundo semestre deste ano.

A publicação da seleção denominada “Prêmio Catálogo” e que contou com a colaboração dos artistas Nanja, Márcio Junqueira e Silvio Portugal na seleção dos trabalhos, apresenta os alunos premiados e atribui menção honrosa àqueles que se destacaram. Além da publicação, será oferecida uma bolsa de estudos em qualquer das oficinas da OCA (Cerâmica, Fotografia, Produção em Vídeo, e Arte para Criança).

A exposição estará à disposição do público até o dia 15 de dezembro, no Foyer do Centro de Cultura Amélio Amorim.

 

Renata Pitombo lança livro no Cuca

 

Reflexões sobre moda, mídia e cultura.

 Quem diria. Nos idos de 1913 jornais baianos já dedicavam colunas com informações sobre moda. Essa constatação foi possível graças à pesquisa da jornalista Renata Pitombo e pode ser conferida no livro A Sagração da Aparência: o jornalismo de moda na Bahia, com lançamento agendado para as 19h30 do dia 19 de de outubro, no Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). O livro contém 227 páginas e traz o selo da Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba). Além dessa verificação histórica, a pesquisa revela ainda as transformações provocadas pelo tema moda no jornalismo, “como a mudança no modo de receber a notícia, que além de informar precisa seduzir, bem como uma nova cultura da feminilidade”, ressalta a autora. Segundo ela, a publicação destaca dois aspectos relacionados à moda: a teoria e a prática jornalística.

Inicialmente, a obra recupera a discussão conceitual sobre o fenômeno da moda, estabelecendo algumas considerações sobre as relações entre a indumentária e a comunicação. Num segundo momento, desenvolve pesquisa sobre as matérias jornalísticas, a fim de perceber como se dá a apropriação da moda pelos meios de comunicação. Toma como referência os registros dos jornais A Tarde e Tribuna da Bahia, entre as décadas de 1970 e 1990.

 A noite de lançamento contará com recital do grupo Mínima Música, composto por Monclar Valverde (voz, sax, violão, piano e composições) e Tiago Medeiros (baixo, violão, piano e composições). Com esta formação, o grupo privilegia o trabalho autoral, sem deixar de lado clássicos da música instrumental e Bossa Nova. Com outra formação, o grupo já se apresentou no teatro do Cuca em novembro de 2010, mostrando suas próprias versões de consagrados Standards do Jazz americano.

Renata Pitombo é jornalista e doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA). Cursou pós-doutorado em Sociologia no Centro de Estudos sobre o Atual e o Cotidiano, da Université René Descartes (Paris V- Sorbonne), em 2011. Coordenou o curso de Graduação em Comunicação e Produção de Moda da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) Salvador, entre 2003 e 2006. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), coordena o grupo de pesquisa Corpo e Cultura (CNPq) e é autora de Os Sentidos da Moda (Annablume, 2005).

 

RESENHA

 A SAGRAÇÃO DA APARÊNCIA: o jornalismo de moda na Bahia

Renata Pitombo Cidreira

 O grande diferencial que se percebe no trabalho de Renata Pitombo Cidreira é o seu domínio sobre uma temática tão complexa, como a moda.

Jornalista, com mestrado e doutorado em Comunicação e Cultura Contemporâneas (UFBA), atualmente professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e coordenadora do grupo de pesquisa Corpo e Cultura (CNPq), Renata foi a primeira estudiosa, em Salvador, a levar o discurso de moda para a academia. Autora de diversos trabalhos importantes, como Os Sentidos da Moda, publicado em 2005, ela tem como marca a meticulosidade nas suas investigações e a clareza com que constrói suas análises.

Na obra A Sagração da Aparência: o jornalismo de moda na Bahia (Salvador: EDUFBA, 2011),estas características mais uma vez se evidenciam, no momento em que, fundamentada em conceitos engendrados por teóricos clássicos e contemporâneos, a autora monta uma pesquisa cuidadosa, usando a imprensa escrita como fonte para nortear as suas hipóteses, estabelecendo uma particular e sensível conexão para enunciar que “moda é comunicação”.

O livro provoca uma série de reflexões no leitor, enquanto historia a moda na Bahia, através de um extenso levantamento, que teve como referência os jornais A Tarde e Tribuna da Bahia, entre as décadas de 1970 e 1990 – fase em que o mundo apresenta-se economicamente como um modelo puro da sociedade de consumo de massa e o desenvolvimento tecnológico consolidou o Prêt-à-Porter, confirmando o processo da democratização da moda do vestuário.

Em paralelo, a obra desmistifica a ideia de que “não existe jornalismo de moda na Bahia”, ao comprovar que, a moda está presente no jornalismo baiano, desde 1913, quando o Jornal A Tarde dedicou a este tema um espaço, em uma das suas quatro páginas.

Inclusive, através dos diversos textos jornalísticos arrolados, alguns transcritos nesta obra, é possível observar, durante o século XX, uma transformação na formatação das suas estruturas literárias e, curiosamente, constata-se que muitos informaram ao leitor além das tendências das estações que se seguiriam: comentavam sobre a importância da “aparência”, questionando sobre as “estruturas de pensamento vigentes na sociedade”.

Trata Renata, ainda, do surgimento da moda enquanto sistema e constata que a instalação desta dinâmica “só se efetiva porque os meios de comunicação se apropriam dos elementos característicos da moda e passam a reverenciar valores como sedução, novidade, renovação, prazer imediato, etc.” 

Além de oferecer uma leitura agradável, o livro traz uma grande contribuição no momento em que a autora faz análises interpretativas dos textos jornalísticos, confrontando-os às teorias inicialmente citadas, e abre espaços para novas discussões de “questões relativas, não só ao jornalismo de moda na Bahia, mas também à própria Moda, enquanto fenômeno cultural autônomo.”

Uma das poucas edições baianas que aborda questões outras no viés da moda, o livro A Sagração da Aparência: o jornalismo de moda na Bahia, além de uma referência para os pesquisadores das áreas de moda e de comunicação, é recomendado para todos aqueles que tenham interesse em uma boa leitura.

 

Márcia Couto Mello

Doutora em Arquitetura e Urbanismo (UFBA), professora e coordenadora do Curso de Especialização em Moda, Artes e Contemporaneidades (Universidade Salvador / UNIFACS).