Boas Festas!

O grupo Samba de Rainha canta Boas Festas no Som Brasil, especial Assis Valente. É bom ressaltar que Boas Festas, composta em 1933, talvez tenha sido a primeira música brasileira a tratar do tema, além de destoar completamente das versões tradicionais.

O cantor franco-brasileiro Fábio  Jorge canta Boas Festas de Assis Valente, numa versão  feita por ele, especialmente para as festas de fim de ano. Vale a pena ver!

 

Dá para sonhar

 

Danuza Leão

 Foi dada a largada para as festas, e de todos os lados se ouve o mesmo refrão: “ah, mas que chatice, odeio Natal, estou louca/o para chegar logo janeiro e tudo isso  acabar”.

Alguns já compraram passagem, estão viajando uma semana antes, para disfarçar que estão fugindo, e só voltam em 2012 -e é por isso que não se encontra mais lugar em nenhum avião para nenhum destino.

Já passei noites de Natal em casa de amigos, e elas são, sempre, rigorosamente iguais: as mesmas comidas, o mesmo troca-troca de presentes, as luzinhas da árvore piscando, piscando, as mesmas pessoas de todos os anos repetindo o mesmo texto – Feliz Natal-, mas ficando pouco tempo, pois tinham pela frente outras festas  espalhadas pela cidade, da sogra do irmão, da mãe do futuro genro etc., nessa loucura que são hoje as novas famílias.

Mas ouço falar que existem os que curtem de verdade; não sei se pelo lado religioso -será ?- ou pelo lado familiar.

Há os que cruzam os oceanos para poderem estar todos juntos e unidos nessa noite, e para esses o Natal começa em setembro, outubro. É quando combinam em casa de quem vai ser a ceia, quem leva o que, e começam as compras: presentes, papéis de embrulho, laços de fita, e os enfeites, os famosos enfeites da árvore, que a cada ano deve surpreender por ser maior e mais bonita que a do anterior. E o Papai Noel?

Sempre haverá um herói na família para, num calor absurdo, se vestir de bom velhinho, com direito a peruca, gorro, barba e bigode. Onde se compra a roupa de Papai Noel? Mistério.
E será que alguma criança ainda acredita em Papai Noel? Outro mistério.

Mas as datas têm um peso, e os que não têm família -ou acham que o Natal não tem nenhuma importância, é um dia como qualquer outro -, estão sujeitos a uma certa melancolia (e alguém encontra um analista dia 24 de dezembro?).

Esses ligam a televisão e olham para o relógio a cada dez minutos, para ver se já está na hora de poder tomar um tranquilizante, dormir, e só acordar no dia 25 com um ufa!, já passou.

Mas ainda tem o 31.

Nessa noite é obrigatório ser feliz, e ai de quem estiver só, curtindo um amor que se foi ou lembrando das tristezas do ano que passou. E quanto mais alegres estiverem as pessoas, mais fogos forem estourados para festejar 2012, mais sós e tristes vão se sentir.

Não adianta o discurso de que é um dia como qualquer outro, porque não é; a pressão é grande, dela poucos escapam.

E é inútil tentar brigar com o mundo; ainda é tempo de se organizar, combinar com amigos, aqueles que estarão tão sós quanto você, e combinar de passarem juntos a famosa data. Para isso, o ideal seria ter um bom ar condicionado, alguma bebida, muito gelo, e -por que não?- uma travessa de rabanadas, mas com a firme intenção de achar tudo normal.

É claro que à meia-noite vão haver muitos beijos e abraços, muitos votos de feliz ano novo, mas é rápido, pronto, acabou. E atenção: beba com moderação, pois as  ressacas do primeiro dia do ano costumam ser colossais e podem ser confundidas com depressão; aliás, alguém já viu uma ressaca feliz?

No fundo, bem lá no fundo, dá uma inveja danada dos que acreditam e festejam o Natal e o Ano Novo a sério; estas devem ser as pessoas mais felizes do mundo, mas por que não tentar entrar no clima e pensar que o novo ano vai ser maravilhoso e que vamos ser felizes para sempre?

Afinal, sonhar não custa.

Fonte: Folha/Uol – Colunistas

Observação: Colaboração enviada por Francisco Cezar. Muito obrigada, amigo!

Exposição de presépios no museu Casa do Sertão

O Museu Casa do Sertão, localizado no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), realiza, durante o mês de dezembro, exposição de presépios composta por 99 esculturas do acervo próprio. Feitas em madeira, papel machê ou barro (mono e policromado), as peças retratam a sensibilidade de artesãos como o santeiro Domingos Paixão, Dona. Fia, Crispina dos Santos e Marilene Brito, e ilustram um dos mais populares temas da liturgia católica, o Natal.

O público pode visitar a exposição das 8 às 11h30 e das 14 às 17h30. Visitas em grupo podem ser agendadas através do telefone (71) 3161-8099 ou ainda pelo e-mail
museucasadosertao@gmail.com.

Representações iconográficas do nascimento do Menino Jesus montados nas salas de visitas dos lares e/ou igrejas ainda hoje são elementos recorrentes do cenário sertanejo durante o período natalino. Diante dos presépios, as famílias e membros das comunidades, especialmente as rurais, expressam a devoção através de cantigas e rezas, associando sagrado e profano como nas Folias de Reis.

Identidade regional

Por todo o Nordeste é celebrado o nascimento do menino salvador, “reinventando o saber de velhas tradições, de forma viva e criativa, acompanhando a dinâmica da vida dos participantes, que reforçam nessas práticas sua identidade social”, conforme
salienta a diretora do Museu Casa do Sertão, Cristiana Barbosa.

Montados em muitos lugares, é notadamente no sertão baiano que os presépios ganham aspectos do cotidiano regional, com a incorporação de cenas locais e vegetação da caatinga, além de materiais como areia, búzios, pedras e brinquedos. Em algumas localidades é comum grupos de Folia de Reis que se apresentam desde as comemorações do advento até o dia 6 de janeiro, dia em que se comemora a adoração dos Reis Magos e realiza-se, após o desmonte do presépio, a queima da lapinha.

O culto ao Menino Jesus foi iniciado por São Francisco de Assis que montou o primeiro presépio em 1223. Essa tradição foi se desenvolvendo ao longo do tempo e se espalhou por todo o mundo cristão. Em decorrência da montagem de presépios em templos, praças e residências, iniciou-se ainda no século 16 a dramatização com canto e dança, a maioria composta por autores populares e anônimos, como a louvação ao
nascimento de Jesus.

Ascom/Uefs

O Dia da Criança em foco

Exposição de brinquedos populares no Museu Casa do Sertão

O Dia da Criança será comemorado na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) com a tradicional Exposição de Brinquedos populares no Museu Casa do Sertão. Para divertir a garotada, a partir desta segunda-feira (10), haverá também contação de histórias com títulos da literatura de cordel e teatro de fantoches com a história do Boi Encantado. Serão realizadas, ainda, atividades recreativas, brincadeiras de roda e jogos tradicionais do universo infantil.

A exposição de brinquedos contará com 160 peças. Destas, 115 pertencem ao acervo permanente e 45 foram confeccionadas pelos funcionários e estagiários do Museu Casa do Sertão. Em breve as peças serão incorporadas ao acervo.

Para a confecção das peças foram utilizados materiais como madeira, tecidos e garrafas pets. Foi seguido o princípio do reaproveitamento de materiais utilizados em objetos tradicionais, como “bate e volta”, “estralador”, “carrinhos” e “insetos”, objetos do
repertório popular dos brinquedos e brincadeiras.

Com a programação, a idéia é valorizar as brincadeiras de infância, reacendendo um imaginário perdido devido ao fácil acesso aos modernos brinquedos eletrônicos que dispensam a criatividade e a diversão coletiva e espontânea das brincadeiras de roda, nas disputas de adivinhas e nos brinquedos artesanais, uma das mais importantes
formas da criatividade nordestina.

Ao visitar a Sala Dival Pitombo no Museu Casa do Sertão, as crianças terão contato com “roi-roi”, o “badogue”, o “mané gostoso”, carrinhos de lata, bonecas de pedra, bolas de gude e de meia, pernas de pau, bruxinhas confeccionadas com sobras de tecido, entre outros brinquedos tradicionais.

A exposição será aberta ao público no dia 10 de outubro e pode ser vista até 11 de novembro das 8h15 às 11h30 e das 4h15 às 17h30, de segunda a sexta-feira. O Museu Casa do Sertão está localizado no campus da Uefs. Outras informações podem ser obtidas através do telefone (75) 3161-8099.

Programação:

– Exposição de Brinquedos Populares

Contação de histórias com literatura de cordel, dias 10, 13 e 14 de outubro às 10 horas

– Teatro de fantoches com a História do boi encantado que animava a “Feira” de Sant’Ana 11 e 14 de outubro às 15 horas

– Recreação no Museu – Dias 11 e 13 de outubro às 16 horas