Vem aí o Bando Anunciador da Festa de Santana

 

Vem aí o Bando Anunciador da Festa de Santana, padroeira da cidade. O evento que será realizado pelo Cuca pelo quinto ano consecutivo, está agendado para o dia 3 de julho, domingo, uma semana antes da data inicialmente prevista. Os interessados em participar do cortejo já podem começar a se organizar, providenciando a confecção das fantasias e adereços. A direção do Cuca espera contar com a participação dos grupos de bairros como Olhos D’Água, Queimadinha, Tomba e outros, que tradicionalmente participam do evento.

O desfile reúne mascarados, baianas com suas indumentárias típicas, cabeçorras, bloco dos sujos e um grande número de populares que percorrem as ruas centrais da cidade, ao som de zabumba e do espocar de foguetes e fogos de artifício, tendo como característica maior a irreverência, além de muita alegria e animação.

Antecedendo o Bando, o Cuca realiza, em 30 de junho, mesa redonda, reunindo jornalistas e pessoas da comunidade para falar de suas experiências e as características originais do festejo, além da escolha da rainha do Bando e exposição de fotografias. Essa é também a oportunidade de discutir sobre questões que envolvem a cidade, seus valores e identidade cultural.

Socorro Pitombo – Assessoria Cuca/Uefs

 

 

Tudo pronto para o Arraiá do Comércio 2011

 

 Com o intuito promover a valorização e o resgate das tradições juninas, o SESC – Serviço Social do Comércio, em parceria com o SICOMFS- Sindicato do Comércio de Feira de Santana e a Prefeitura Municipal, estarão realizando de 09 a 17 de junho a festa que há dez anos é tradição em Feira de Santana e faz parte do Calendário Oficial de festas da nossa cidade.

Toda a comunidade de Feira de Santana e visitantes terão à sua disposição tudo o que um verdadeiro arraiá do interior pode oferecer: Trios Forrozeiros, Grupos Culturais, Quadrilhas e cerca de 100 famílias da zona rural comercializando bebidas e comidas típicas juninas. Ou seja, mesa farta, boa bebida e música de qualidade, tudo para deixar ainda mais caracterizada a festa mais popular do nordeste

A Praça João Barbosa de Carvalho, popularmente conhecida como Praça do Fórum, já se consolidou como espaço de identidade do evento com aprovação geral da comunidade, lembrando que o Mercado de Arte Popular (MAP) continua sendo um importante espaço do Arraiá do Comércio, mantendo praticamente, a mesma programação da Praça João Barbosa de Carvalho. O público que circulará durante todo o evento, poderá presenciar apresentações de trios de forró, quadrilhas juninas, inclusive de outros estados, além de apresentações de grupos culturais e repentistas da nossa região.

Convidamos todos os feirenses e visitantes a se deliciarem com muita comida e bebida típica ao som do autêntico forró pé-de-serra, observando a beleza e harmonia dos grupos culturais e a riqueza do artesanato regional. Venham e participem do Arraiá do Comércio – O melhor negócio do seu São João.

De 09 a 17 de junho de 2011

Praça João Barbosa de Carvalho e Mercado de Arte Popular

Dia 09 de junho – quinta-feira

Abertura Oficial na Praça João Barbosa de Carvalho

Horário: 19:00h

 

Festival de Sanfoneiros

 

Cuca faz plantão para atender candidatos ao Festival de Sanfoneiros

 Ainda há tempo. Os interessados em participar do 4º Festival de Sanfoneiros de Feira de Santana podem fazer a inscrição até sábado (7), no Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), que vai manter funcionários de plantão das 9 às 18h, para receber os candidatos de última hora.  O Cuca também já definiu os nomes que vão compor o júri da pré-seleção dos candidatos: J. Sobrinho, cantor e intérprete de música nordestina; o repentista Caboquinho e o cantor e compositor Timbaúba.

Até a próxima terça-feira (10) serão divulgados os 12 sanfoneiros selecionados para participar da etapa final do Festival, agendada para o dia 26 de maio, às 20h, no Centro  de Cultura Amélio Amorim. Baio do Acordeon, vencedor do 1º Festival abre o evento, juntamente com o Trio de Forró.

No palco, a primeira atração da noite será a Orquestra Sanfônica de Serrinha, a primeira no gênero, na Bahia. Composta por 16 músicos (sanfoneiros) e três ritmistas, comandados pelo maestro Anderson Matos e tendo Chicão como produtor musical, a orquestra é formada por profissionais que sobrevivem em sua maioria da música.

No intervalo das apresentações, o público terá a oportunidade de assistir ao duo de sanfona e cordas, com os músicos Cissinho do Acordeon e Jurandir Santana e no final será brindado com um forró, incluindo sanfoneiros convidados, na área de estacionamento do Centro de Cultura.

Celismara Gomes, diretora em exercício do Cuca, informa que este ano a entrada para o Festival está vinculada à lotação do espaço. Por isso mesmo está sendo viabilizada a instalação de telões na área externa, a fim de que todos possam assistir as apresentações.

Socorro Pitombo – Assessoria Cuca/Uefs

 

O muguet e o Dia do Trabalho

Primeiro de maio – Festa do trabalho e Festa do muguet

A história do muguet, essa florzinha singela e perfumada tornou-se um símbolo do mês de maio, tempo de primavera na Europa. Contam que os Celtas festejavam o muguet no primeiro dia do mês de maio. Na idade média ela era colhida para festejar as noivas; na França do Renascimento, Charles IX recebeu um galhinho de muguet no primeiro de maio e instituiu o costume de oferecer  muguets, nessa data,  às damas da corte.

Em seguida, as costureiras, também na França, cultivavam a  tradição de oferecer muguets às crianças no dia primeiro de maio, como porte-bonheur (símbolo de boa sorte) costume que foi incorporado pelos trabalhadores, que transformaram a singela flor em símbolo da festa do trabalho,

O muguet é uma planta originária do Japão; típica das regiões temperadas ela cresce nos bosques, em locais protegidos da luz intensa, na Ásia na Europa e nos Estados Unidos e desabrocha no início da primavera. Ele simboliza a entrada da primavera no hemisfério norte. O seu nome científico é Convallaria majalis leucanthenum.

As flores, que têm a forma de pequenos sinos, também são conhecidas como Lis de la vallée (lírio do vale) e lágrimas de Nossa Senhora (em Portugal); elas exalam um perfume delicioso e são consideradas como símbolos de felicidade e da boa sorte. O Muguet é a flor símbolo da Finlândia. Na França e na Bélgica ele é oferecido aos familiares e aos amigos no dia 1 de Maio, “Dia do Trabalho”, com votos de felicidades e prosperidade, e simboliza também, na França, os 13 anos de casamento, as Bodas de muguet.

Não sei se aqui no Brasil, no sul e sudeste, o muguet é cultivado. Ah, quando eu era menina, minhas tias e a minha mãe usavam, nas grandes ocasiões, um perfume francês que deixava o rastro por onde elas passavam; chamava-se Muguet du Bonheur (lírio da felicidade). Nem sei se ele ainda é comercializado.

Como não tenho muguets de verdade para oferecer deixo algumas fotos e votos de felicidades e prosperidade para todos. Feliz primeiro de maio!

 

Dia Internacional da Mulher

 

  

Sempre que falo ou escrevo sobre o “dia internacional da mulher”, fico um pouco constrangida; primeiro porque sou contra dias especiais, pois essas datas sempre terminam deturpadas pelo apetite comercial. Segundo, porque as homenagens sempre transfiguram  a imagem da mulher.

 Acredito que os festejos  e homenagens são importantes, sobretudo para que se possa entender o que e o porquê de comemorar a data. Mulheres são seres humanos, pessoas capazes e versáteis. Às vezes são frágeis e medrosas; às vezes se auto-censuram; outras vezes são destemidas e corajosas.

 

Penso nisso porque fico indignada com a discriminação, até mesmo quando exaltam uma mulher que assume um posto importante, como se ela estivesse realizando uma façanha, como se não fosse capaz de chegar até ali, como se fosse um privilégio, um golpe de sorte e não um direito, uma conquista. Existem mulheres que sabem cozinhar; outras que detestam cozinha. Algumas que adoram decorar a casa, outras que não têm o menor jeito. Há mulheres motoristas de caminhão, pilotos de avião, taxistas, garis, pescadoras, faxineiras, professoras, cantoras, atrizes e políticas, no Brasil e em outros países do mundo. Mas também há mulheres que apanham de homens, que são discriminadas no trabalho; mulheres que vivem na rua, mulheres mal-remuneradas, mulheres exploradas, enfim, mulheres maltratadas.

Falam das conquistas de igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas isso também pode ser perigoso porque é uma forma de preconceito. O mundo evoluiu. A mulher conquistou seu espaço, apesar da maternidade e das tarefas domésticas  que executa no seu cotidiano; mas ela aprendeu a batalhar, a buscar o que lhe interessa. Essa “igualdade” tão comentada e tida como reconhecida, muitas vezes é discutida e tripudiada, porque na prática as discriminações persistem e são gritantes.

Acredito que esse dia internacional da mulher não deva ser somente um dia de celebração, um dia de festa, mas sobretudo, um dia de reflexão sobre o  papel da mulher  na sociedade atual. Que a comemoração não se restrinja ao almoço ou jantar no restaurante, ao frasco de perfume importado, ao buquê de flores (bem-vindos hoje e em qualquer dia do ano), ao cartão de felicitações ou àquelas exaltações caricaturais tão bem utilizadas pela mídia.

Seria melhor que nos vissem simplesmente Mulheres, assim mesmo, com letra maiúscula. Mulheres conscientes e que se orgulham da sua condição, em casa, no trabalho, na rua, na escola, em todo lugar; mães, filhas, esposas, noivas, mulheres trabalhadoras urbanas ou rurais; motoristas, médicas, cabeleireiras, advogadas, maquinistas, esteticistas, cozinheiras, jornalistas, bancárias, domésticas, donas de casa, floristas, dentistas, manicures, comerciárias, artesãs, enfermeiras, costureiras, empresárias, manequins, mães de santo, baianas do acarajé, bailarinas, faxineiras, santas, loucas, enfim, MULHERES!

 

E nunca é demais lembrar Adélia Prado, uma poeta que admiro – e que não precisa ser chamada de poetisa para que acreditem nisso – porque ela soube resumir em poucas palavras o que a maioria das mulheres sente e pensa. Em seu poema, Com licença poética, ela contesta Drummond replicando o “anjo torto” dos versos do Poema de sete faces, que decretou: “Vai, Carlos! ser gauche na vida”.

O anjo de Adélia é esbelto, toca trombeta e anuncia: “Vai carregar bandeira”. Mas a poeta sentencia: “Cargo muito pesado pra mulher”. Com jeito suave, mas corajoso, os versos de Adélia revelam, além da fragilidade da alma feminina, a força e a determinação da mulher que sabe o que quer:

 “Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou. »

                              (Adélia Prado)

 Observação: As flores são para todas aquelas que pensam mais ou menos assim.