Seca na Bahia

 

O Nordeste é estigmatizado pela seca, pela pobreza e pela imigração. O verão foi quente e seco e as trovoadas, tão esperadas nessa época, não aconteceram. Em consequência, os  leitos dos rios e riachos estão secos e mesmo quando ainda resta um pouco d’água deixam aparecer a terra esturricada e rachada.

Os animais com sede e fome definham até morrer; os homens, entre desolados e tristes esperam resignados pela ajuda divina, pois os milhões prometidos pelos governantes não chegam até eles devido à burocracia e ao descaso. A falta de chuva e as lavouras perdidas os impedem até de comer, pois as árvores frutíferas não produzem e o feijão que mata a fome não vingou e está custando caro nos supermercados.

Há cerca de quatro meses eram cerca de 150 municípios baianos vítimas da estiagem; hoje são mais de 200 em estado de emergência. No entanto, nas propagandas oficiais a “água para todos” jorra nas profundezas do sertão. Não é o que mostra a realidade.

Hoje encontrei uma cópia de um poema, quase desconhecido, que transcrevo abaixo, escrito pela poeta feirense Georgina Erismann, na primeira metade do século XX. Ele continua atual:

Inclemência

Georgina Erismann

O coração da terra anda chorando

Com saudades da chuva…

Por mais que o céu prometa

dos olhos das estrelas

as lágrimas não caem…

O sol devora tudo.

Tornou-se cor de bronze,

a mata, que era verde.

Calaram-se todas as fontes…

Morreram os passarinhos…

Há fome pelas estradas.

Há sede pelos caminhos.

Matéria sobre a seca (02/04/2012) no Jornal Nacional.

 

Seca

 

Cau Gomez. Belo Horizonte, Minas Gerais, 1972. Artista gráfico, caricaturista e ilustrador. Colabora com a revista Courrier International na França e atua como artista plástico. Conquistou mais de 40 premiações em diversos festivais e salões de humor no Brasil e exterior, dentre eles: Primeiro Prêmio, Portocartoon 2002, Portugal, na Bienal Internacional de Caricaturas y Dibujo Humorístico. Santa Cruz de Tenerife e o premio Curuxa na Espanha.   Participou de várias exposições coletivas, incluindo a curadoria do 8º RIDEP Rencontres Internationales du Dessin de Presse, França 2007. Chargista do Jornal A Tarde, Salvador (BA).

Palestra debate importância da obra da historiadora Katia Mattoso

Na próxima terça-feira, dia 10, às 17h, no Auditório Katia Mattoso da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, acontece o projeto Memórias Históricas da Bahia: Conferência em homenagem a historiadora e pesquisadora Katia Mattoso. A conferência será realizada pelo pesquisador Denis Crouzet, professor da Universidade Sorbonne, (França – Paris) que abordará o tema “O imaginário na história”.

A palestra tem como pretensão estimular o intercâmbio acadêmico entre estudantes e pesquisadores nacionais e internacionais. O evento é promovido pela Fundação Pedro Calmon e o Programa de Pós Graduação em História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Kátia Mattoso – A historiadora contribuiu na formação de dezenas de jovens pesquisadores, alguns dos quais atualmente são professores de renome nacional e internacional. Além disso, seus trabalhos resultaram na criação de uma cadeira de história do Brasil na renomada  Universidade de Paris IV – Sorbonne. A historiadora Katia Mattoso faleceu no dia 11 de janeiro de 2011. No dia 8 de abril, ela completaria 80 anos.

 

SERVIÇO:

O QUÊ – Palestra de Denis Crouzet – “O imaginário na história”

QUANDO – Terça-feira, dia 10 de abril, às 17h

Onde – Auditório Katia Mattoso, da Biblioteca Pública do Estado da Bahia

 

Assessoria de Comunicação

Fundação Pedro Calmon| Secult.BA

Tels: (71) 3116-6918 / 6919

www.fpc.ba.gov.br

 

Triste Bahia

À COMUNIDADE DO COLÉGIO LUIS EDUARDO MAGALHÃES

(FEIRA DE SANTANA -BA)

“A direção do Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães vem a público informar a todos que formam essa comunidade escolar que a partir de hoje, 02 de abril do ano em curso, as atividades dessa unidade que dependam de recusros financeiros estarão suspensas pelo motivo de que , até então, não houve nenhum repasse pelo governo do Estado da Bahia das verbas de custeio, manutenção e merenda escolar que são indispensáveis para o bom funcionamento administrativo e pedagógico do colégio. Diante da gravidade do não repasse dos recursos, a exemplo, FAED (fundo de assistência ao estudante) 4ª parcela referente ao recurso de 2011 e a 1ª parcela do exercício/2012, não liberados; SOS ESCOLA (recursos destinados a pequenos reparos e manutenção da rede física) previstos para serem liberados até dezembro/11 – não liberados; e o PNAE ( recurso destinado à merenda escolar) até a presente data – não liberado.

Sendo assim, a direção suspende as avaliações previstas e que ainda não foram produzidas, a distribuição da merenda escolar e o serviço de limpeza que dependa de produtos para higienizar. Pedimos o empenho e apoio de todos dessa comunidade para que possamos solucionar juntos às autoridades responsáveis esse crucial momento em que o Colégio se encontra.”

Texto enviado pela professora Silvana Capua Carvalho, mãe de um estudante deste colégio.