Livro sobre Cordel transforma o museu em “arraiá”

Um “arraiá” junino será  montado no MAC para o lançamento do livro “O Que é Cordel” do poeta Franklin Maxado no dia 27 (quarta-feira) a partir das 18 h, agora reeditado pela Queimabucha , do Rio Grande do Norte, por ser considerado um classico no gênero  e especial para professores, estudantes e público em geral, principalmente no dizer de Jorge Amado.  O Museu de Arte Contemporânea fica na rua Geminiano Costa, 255 no Centro.

Além da fogueira, as bendeirolas  estarão misturadas às 50 xilogravuras e folhetos de cordel  de Maxado que estarão expostas à venda até o dia 20 de julho naquele Museu aberto à visitação pública. Muitas dessas xilogravuras  foram feitas para ilustrar  capas de folhetos sendo que  algumas estão nos EUA, Portugal, França, Japão, Inglaterra, Alemanha, Peru, Brasil e em outros países. Assim, a xilogravura popular brasileira hoje saiu das capinhas do folheto de Cordel para ilustrar capas de discos e de livros eruditos, virar quadros em paredes, além de serem objeto de interesse de colecionadores de arte e de  agencias para serem peças de publicidade.

É possível que  haja aulas-espetáculo semanais até o dia 19 de julho quando a exposição de xilogravuras será encerrada para o Museu entrar com outra programação de aniversário. Para isso,  dependerá da procura e interesse de pessoas e escolas e assim Franklin Maxado  convidará  cordelistas  colegas e xilogravadores para declamarem, cantarem, desenharem e  se apresentarem  ali com entrada gratuita, aproveitando a sala de reuniões do Museu.

O LIVRO

 “O Que É Cordel na Literatura Popular” foi primeiro lançado pela Editora Codecri/Jornal Pasquim do Rio de Janeiro em l980 e foi   vendido em todo o Brasil tendo contribuido para mudar o conceito sobre este tipo de poesia pelos intelectuais . Os prefácios foram escritos pelo escritor Paulo Dantas e pelo jornalista Juarez Bahia no qual afirma:

“Franklin Maxado, baiano de Feira de Santana, pode ter sido tudo na sua vida ainda jovem. Jornalista, escritor, fazendeiro, bacharel e o que se imagine dele. Mas, nada é maior nele que o poeta. Sua profissão é poeta – e a poesia do povo, como fica melhor a qualquer destino de vate.”

Esta observação o responsável pelo MAC, o sr Edson Machado , gosta de transcrever em folhetos seus que publica.

A segunda edição a ser lançada dia 27 traz um novo prefácio  do cordelista cearense Arivaldo Viana no qual testemunha a autenticidade, pioneirismo e atualidade de Franklin Maxado, o Maxado Nordestino , como assina seus mais de 300 folhetos em quase 40 anos de profissão, tendo se apresentado lem todos os Estados do Brasil e  em alguns países. Essa atuação para muitos estudiosos  o torna um dos mestres mas isso não o envaidece, pois tem muito mais livros a ser lançados e escritos.  sendo aquele feirense simples que  vai ao Centro de Abastecimento “fazer feira”, conversar com os tabaréus e vaqueiros do mesmo modo que vai à Universidade, onde ainda trabalha no meio a doutores e a estudantes jovens, depois de ser diretor por mais de 10 do seu Museu Casa do Sertão. Ou participa de reuniões da Academia Feirense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico dos quais já foi presidente.

 XILOGRAVURAS

Franklin Maxado no prazer de contar  casos e escrever versos chega a esnobar a sua arte de desenhar e de fazer xilogravuras, apesar de muitos críticos de arte o considerar um dos maiores xilógrafos de Cordel. Ele começou profissionalmente em l976 em São Paulo quando o colecionador Zacarias José  que gostou dos seus desenhos no “Album Feira de Santana” lhe encomendou uns “tacos” para ilustrar seu folheto “Acidentes do Trabalho no Ramo da Construção”. Devido à aceitação, após veio a encomenda para fazer o retrato do presidente da Bayer do Brasil e as ilustrações para o brinde de Natal de l978 daquela indústria. Depois disso, continuou a fazer ilustrações para as capas de seus folhetos e a pesquisar  outros  artistas brasileiros do ramo, tendo publicado em l982 o livro “Cordel, Xilogravuras e Ilustrações”, também “um clássico” para o mesmo Jorge Amado quando prefaciou outro livro de Maxado, “O Cordel Televivo”.

Nisso, começou a pesquisar o inicio da Xilogravura e descobriu que é uma arte milenar, originária da índia e China, onde se imprimiam até dinheiro com carimbos de madeira. Isso motivou a Gutemberg, na Alemanha, a inventar os tipos moveis de metal criando a Imprensa,  inspirando-se dos tipos móveis esculpidos em madeira dqueles orientais. Na Europa. quando ainda não havia iventado a fotografia, a Xilogravura foi muito usada para retratar paisagens e rostos humanos a fim de serem impressos. Essa tradição é cultivada e muitos estrangeiros adquirem a xilogravura  popular para enfeitar suas casas, mesmo sabendo que , com o tempo, elas amarelecem por ser um papel.

Os jesuítas trouxeram esta arte para o Brasil para imprimir figuras de santos e paisagens da Bíblia com a meta de ajudar na evangelização dos índios, além da  arte irmã de esculpir imagens de santos. Com os jornais e as tipografias pelo interior, principalmente pelo Nordeste,  a tecnica foi muito usada para  ilustrar  notícias e retratar figuras. Os jornais feirenses mesmo usou muito tendo registrado dois profissionais, o  pernambucano Pacheco e o alagoano  Antonio Carimbeiro. Houve também o potiguar Isau Mendonça.

Franklin em Feira  diz que sempre foi bom aluno em Desenho e começou a entalhar madeira para as aulas da professora Judite Pedra, no Colegio Estadual bem como conhecer e trabalhar em madeira desde  pequeno com o primo Carlos José na Serraria Eco, do tio Osvaldo Boaventura. E nas férias, com o tio Alfredo Pinto e com  o carpinteiro José Sales, ambos de Mundo Novo.

Contatos: MAC – 75-3223-7033

Comer, fazer e pensar em evidência no seminário alimentação e cultura

 

Professores, pesquisadores e estudantes participam até esta sexta-feira (15) na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), do 1º Seminário Alimentação e Cultura na Bahia. O objetivo é discutir nas diferentes áreas do conhecimento os significados da culinária baiana em relação à comida, o cozinhar e o comer na Bahia.

Segundo o professor doutor do Departamento de Ciências Humanas e Filosofia e presidente do evento, Ericivaldo Veiga de Jesus, chamou a atenção para o ineditismo do tema e a importância de que é preciso perceber a comida como elemento de identidade e cultura. “A importância da cultura alimentar abre um vasto campo de pesquisa; é através do alimento que se normatizam as religiões, bem como as relações humanas”, exemplificou.

Uma das palestrantes, Vanessa Hatje, professora doutora da Ufba, fez referência à relação alimentação e sustentabilidade. Ela fez citou os mariscos como alimentação típica da culinária baiana e chamou a atenção para os impactos ambientais sofridos na Baía de Todos os Santos, mudanças climáticas em uma escala global e os vetores regionais como problemas de contaminação, expansão populacional e planos de desenvolvimento industrial, desmatamento e destruição de manguezais, a emissão de resíduos não tratados no mar.

Quarenta e dois trabalhos de pesquisa e de extensão sobre alimentação na Bahia estão sendo apresentados por professores e estudantes no evento. Pela manhã, estão previstas sessões de comunicação sobre a comida na Bahia. Uma mesa-redonda será iniciada às 10h30 sobre a qualidade do mel de abelhas sem ferrão, os insetos como fontes nutritivas de alimentação e a relação entre corpo e alimento.

À tarde, o evento será encerrado com uma conferência sobre a História da Alimentação no Brasil, pelo professor doutor Henrique Soares Carneiro da Universidade de São Paulo (USP). As atividades estão sendo desenvolvidas no auditório do módulo 7, do campus universitário. A programação completa pode ser acessada no endereço eletrônico www.uefs.br/cer/seminario.

 Vívian Servo Leite – Ascom/Uefs

Encontro literário

Na quinta próxima, 14/06, às 20h, no Bistrô Caffé (Av. Maria Quitéria, 1960), o poeta e artista plástico Antonio Brasileiro, membro da Academia Baiana de Letras e um dos fundadores do Grupo Hera, irá nos brindar com sua inteligência e bom humor no 1º Café Literário promovido pelo Bistrô Caffé em parceria com Coleção Nova Letra e o grupo Sociedade dos Poetas Quase Vivos. O evento trará, além do bate-papo com o convidado, recital de poesia e performances artísticas.

A entrada é gratuita.

 

Tradições juninas no Museu Casa do Sertão

“São João passou por aqui?!”

É com essa saudação que o visitante do Museu Casa do Sertão será recebido durante o período de 11 de junho a 13 de julho. Composta por duas mostras, a exposição “São João passou por aqui?!”, reúne a “Devoção aos santos juninos Antônio, João e Pedro” e o “Forró em vinil: coleção da Afalg e o Rei do Baião”.

Na homenagem aos santos católicos estão retratadas algumas manifestações populares acerca da relação de devoção que movimentam o mês de junho em todo o Nordeste brasileiro, como trezenários e novenários, sejam com a realização de procissões, ou ainda com a prática tipicamente brasileira de tratar o santo protetor como íntimo da vida cotidiana.

O visitante também vai conhecer parte do acervo doado ao Museu Casa do Sertão da extinta Associação Feirense dos Admiradores de Luiz Gonzaga (Afalg), fundada no dia 7 de março 1990, com o objetivo de preservar a obra musical do Rei do Baião. Estão expostas peças como discos em vinil, fitas k7 e pôsteres, merecendo destaque um par de alças de sanfona que foram utilizadas por Luiz Gonzaga. Esta mostra fica em exposição até o mês de dezembro, quando se comemora, no dia 13, o centenário de nascimento do Mestre Lua.

Para divertir a garotada, na semana de11 a15 de junho, haverá atividades recreativas como acerte o alvo, jogo de argolas, tire a sua sorte, dança da laranja, pescaria entre outras, retomando brincadeiras e jogos típicos de praças em noites de festejos juninos. O objetivo é valorizar tradições juninas pouco conhecidas nos grandes centros urbanos, além de despertar o interesse por diversões coletivas que fazem parte do cotidiano nordestino. A exposição poderá ser vista das 8h15 às 11h30 e das 14h15 as 17h30, de segunda a sexta. O contato para agendamento deverá ser feito pelo telefone (75) 3161-8099.

Ascom/Uefs

Arraiá do Comércio 2012

 

 

Com o intuito de resgatar, promover e valorizar as tradições juninas, o SESC em parceria com a Prefeitura Municipal e o SICOMFS, estará realizando no período de 11 a 17de junho do corrente ano, uma autêntica festa de São João: o “ARRAIÁ DO COMÉRCIO 2012”, que neste ano homenageará o centenário de Luiz Gonzaga.

Visando repetir o sucesso dos anos anteriores, estaremos proporcionando aos feirenses e visitantes, um verdadeiro arraiá do interior, fomentando o aquecimento do comércio no centro da cidade, atraindo a comunidade com uma programação temática de qualidade num espaço onde todas as classes sociais tenham acesso e promovendo a integração campo/cidade, através da propagação de atividades genuinamente rurais (artesanatos, bebidas e comidas típicas). É importante frisar que todos os produtores passaram por um curso com duração de 02 dias (29 e 30/05) no SENAC sobre “Segurança, manuseio e empreendedorismo”, onde tiveram a oportunidade de desenvolver novos conhecimentos e aperfeiçoar o seu trabalho.

A Praça João Barbosa de Carvalho (Praça do Fórum), já consolidada como espaço cultural será o palco onde se apresentarão diversos trios forrozeiros, quadrilhas e grupos culturais da nossa cidade mostrando toda a alegria e magia que compõem a maior festa popular do Nordeste, valorizando assim o nosso Patrimônio Cultural e Humano.

Como no ano passado, serão efetuados alguns ajustes, tanto na programação dos shows, que nos finais de semana encerrarão mais cedo, quanto no horário de fechamento da rua lateral da Praça (trecho entre o Edf. Ducarmo e a Propão), a partir das 17 horas entre os dias 11 e 17 de junho, período este em que o movimento de pessoas toma todo o espaço reservado para a festa.

Convidamos todos os feirenses e visitantes a se deliciarem com muita comida e bebida típica ao som do autêntico forró pé-de-serra, observando a beleza e harmonia dos grupos culturais e a riqueza do artesanato regional. Venham e participem do Arraiá do ComércioO melhor negócio do seu São João.

PROGRAMAÇÃO

 

Data: 11/06/2012.

  • Abertura Oficial na Praça João Barbosa de Carvalho.

Horário: 19:00h

 

PRAÇA JOÃO BARBOSA DE CARVALHO

Período: 11/06 a 17/06/2012

Horário: Das 09:00 às 22:00 h

Programação Diária.

  • Exposição e venda de artesanatos.
  • Feira de Produtos típicos: Culinários; Manufaturados e In natura
  • Apresentação de Trios de Forró;

Horário: 10:00 às 12h; 12: às 14:00h; 16:00 às 18:00h; 18:00 às 20:00h e 20:00 às 22:00h

  • Apresentação de Grupos Culturais (Quadrilhas; Danças e Artistas Regionais).

Horário: 14:00 às 16:00h

.Observação:

  • Número de stands: 80 barracas.
  • Serão 84 grupos de Produtores rurais.

Salientamos que no sábado,16/06/11, a programação dos trios de forró começará as 11 e encerrará às 21h e no domingo, 17/06/12, começará  as 10h e se encerrará as 19h.