É, a gente quer…

 

É

Composição: Gonzaguinha

É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor…

A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade…

É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela…

É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação…

É! É! É! É! É! É! É!…

É!
A gente quer valer o nosso amor
A gente quer valer nosso suor
A gente quer valer o nosso humor
A gente quer do bom e do melhor…

A gente quer carinho e atenção
A gente quer calor no coração
A gente quer suar, mas de prazer
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade…

É!
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela…

É!
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão
A gente quer viver uma nação…

Palavra Cantada

 

Temos a satisfação de anunciar o III Encontro de Estudos da Palavra Cantada, uma promoção conjunta do Programa de Pós-graduação em Música da UNIRIO e do PACC – Programa Avançado de Cultura Contemporânea da UFRJ, com o apoio da CAPES, FAPERJ, UNIRIO, CNFCP/IPHAN e CAIXA Cultural RJ.

O evento acontecerá no Rio de Janeiro, de 23 a 26 de agosto, no Salão Pedro Calmon, Fórum de Ciência e Cultura, Campus da UFRJ na Urca.

O III Encontro de Estudos da Palavra Cantada tem como objetivo central promover a reflexão sobre as múltiplas e heterogêneas modalidades da palavra cantada – da mitopoética das sociedades tradicionais até a canção popular contemporânea –, a partir de abordagens que permitam apreender a interação entre suas dimensões verbal, musical, vocal e performática.

A conferência de abertura será proferida pelo professor e etnomusicólogo Anthony Seeger, da University of California em Los Angeles, cujas análises sobre as artes verbomusicais de povos indígenas do Brasil são referência para os interessados na matéria. No encerramento, teremos palestras do professor Stéphane Hirschi, da Université de Valenciennes, especialista nas relações entre poesia e canção; e do professor e compositor José Miguel Wisnik, amplamente reconhecido por seu trabalho criativo e investigativo nos domínios literários e musicais.

Além desses conferencistas, participarão do evento palestrantes de diversas áreas de estudo e atividade artística, representando 12 universidades e instituições culturais. Eles tratarão de um amplo leque de expressões da palavra cantada, em vários cenários sociais, discutindo associações entre letra e melodia, teorias da voz e da performance, problemas e modelos de análise, história da canção popular brasileira etc.

Após as sessões de palestras, nos quatro dias do evento, serão apresentados pequenos recitais de artistas que ilustram manifestações diferenciadas de palavra cantada, com usos originais ou específicos de palavra, música e voz.

Mais informações sobre o evento e sobre os procedimentos de inscrição, bem como a lista de palestrantes, com os títulos e resumos das palestras, podem ser encontradas na nossa página.

Comissão organizadora:

Profª Elizabeth Travassos (CLA-UNIRIO)

Profª Cláudia Neiva de Matos (UFF; PACC-UFRJ)

Profª Liv Sovik (ECO / PACC-UFRJ)

A ciranda da bailarina

 

 

A ciranda da Bailarina, de Chico e Edu Lobo, foi lançada nos anos 80 no disco O Grande Circo Místico. Comprei para minhas filhas, mas  ouvi muito, talvez até mais do que elas, principalmente essa faixa.

Recentemente ouvi a interpretação da Ciranda por Mônica Salmaso e amei.  Hoje descobri um clip onde se ouve o canto de Monica, enquanto o texto é recitado pela atriz Fabíola Nascimento.  Um show!

A Ciranda da Bailarina sempre despertou em mim um quê de pirraça e sempre me fez sorrir. Quando ouço essa canção não posso me impedir de lembrar o quanto idealizamos as coisas e o quanto fantasiamos as personagens dos nossos sonhos, sem esquecer que meninos (e homens) também sonham com bailarinas. A letra da Ciranda, um poema, diz isso de uma forma divertida e o que soa como brincadeira se materializa em ironia, fina, da boa.

A bailarina é um ícone. Toda menina  sonha em ser bailarina e no sonho a bailarina é perfeita. Ela não tem pereba, lombriga, remela, coceira, piolho e casca de ferida… Será?

Eu sou fã de bailarinas; entro em êxtase quando as vejo dançar, rodopiar, flutuar. Também sonhei em ser bailarina (e trapezista). A sua imagem é perfeita, sublime. Mas quem garante que a menina bailarina nunca teve lombriga, frieira e um irmão meio zarolho?

Isso vale para todos aqueles  que admiramos; atores e atrizes, bailarinas, cantores, escritores e poetas. Amar, apreciar e admirar, sim; idolatrar, não, porque todo  mundo tem imperfeições, medos e defeitos. Ah, e tem mais: todo mundo tem problema na família,  medo de cair, arrota e faz xixi.

Ciranda da Bailarina

(Chico Buarque/Edu Lobo)

Procurando bem

Todo mundo tem pereba

Marca de bexiga ou vacina

E tem piriri, tem lombriga, tem ameba

Só a bailarina que não tem

E não tem coceira

Verruga nem frieira

Nem falta de maneira

Ela não tem

Futucando bem

Todo mundo tem piolho

Ou tem cheiro de creolina

Todo mundo tem um irmão meio zarolho

Só a bailarina que não tem

Nem unha encardida

Nem dente com comida

Nem casca de ferida

Ela não tem

Não livra ninguém

Todo mundo tem remela

Quando acorda às seis da matina

Teve escarlatina

Ou tem febre amarela

Só a bailarina que não tem

Medo de cair, gente

Medo de subir, gente

Medo de vertigem

Quem não tem?

Confessando bem

Todo mundo faz pecado

Logo assim que a missa termina

Todo mundo tem um primeiro namorado

Só a bailarina que não  tem

Sujo atrás da orelha

Bigode de groselha

Calcinha um pouco velha

Ela não tem

O padre também

Pode até ficar vermelho

Se o vento levanta a batina

Reparando bem, todo mundo tem pentelho

Só a bailarina que não tem

Sala sem mobília

Goteira na vasilha

Problema na família

Quem não tem?

Procurando bem

Todo mundo tem…

Quando Chico Buarque pedia voto para FHC

 

Na homenagem que o PSDB lhe presta, desde às 10h de hoje, em uma das dependências do Senado, por seus 80 anos de idade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está sendo reapresentado a jingles de suas campanhas políticas. Uma delas foi para a prefeitura de São Paulo em 1985, quando FHC acabou derrotado por Jânio Quadros, o ex-presidente da República que em 1961 renunciou ao cargo antes de completar um ano nele. A estrela do jingle é Chico Buarque de Holanda, que compôs a música e a cantou.

Fonte: Blog do Noblat