Projeto Sonora Brasil – 4a etapa 2013

Samba de Cacete da Vacaria – PA.

 

O Projeto Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais traz a público feirense a possibilidade do contato coma música brasileira mais pura, que valoriza a qualidade das composições e de seus intérpretes, permitindo o desenvolvimento de novos hábitos de apreciação musical.

O tema deste circuito, Tambores e Batuques, apresenta manifestações de tradição oral presentes em comunidades quilombolas que tem o tambor como elemento fundamental e, em alguns casos, sagrado. Encerrando o projeto neste ano de 2013, teremos a apresentação do grupo paraense Samba de Cacete da Vacaria. O grupo é formado por pessoas que mantém relações familiares e de vizinhança, e que participam regularmente de atividades sociais onde se pratica o samba de cacete. Seus integrantes, em sua maioria, são moradores da zona rural da cidade de Cametá e vivem da produção agrícola.

Uma das situações sociais mais recorrentes relacionadas ao samba é “o convidado”. Trata-se de um movimento de solidariedade e união de forças quando uma pessoa da comunidade vai preparar o terreno para o plantio e todos se juntam para ajudar. Da limpeza do terreno ao plantio, o samba de cacete é tocado no intuito de animar o grupo para que o trabalho seja feito com eficiência e rapidez.

O grupo é formado por tamboureiros e cantadeiras/sambadeiras e seus cânticos são acompanhados por dois tambouros e mais um percussionista que toca os cacetes. Tem a liderança do Mestre Benedito Moía.

 

Data: 09/11/13 (sábado) – Concerto Samba de Cacete da Vacaria – PA

Local: CUCA – Centro Universitário de Cultura e Arte

Horário: 19h30

Classificação: livre

Apoio: CUCA/UEFS

Inteira: R$10,00 / Meia: R$5,00 (extensiva a comerciários (carteira do SESC), Estudantes (carteira de estudante), Classe Artística, e Servidores do Sistema Fecomércio – Bahia (crachá funcional).

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Simpósio sobre uso racional de medicamentos

 

 

A Universidade Estadual de Feira de Santana realiza nos dias 21 e 22 de novembro o 2º Simpósio sobre Uso Racional de Medicamentos. O evento também é comemorativo aos 15 anos de criação do curso de Farmácia da Uefs. Atividades como palestras e minicursos serão realizadas no auditório do módulo 7, campus universitário.

O Simpósio é coordenado pelo Colegiado de Farmácia e pelo Programa de Extensão do Uso Racional de Medicamentos. O evento é aberto às comunidades acadêmica e externa.

A inscrição deve ser feita pessoalmente na secretaria do Colegiado, localizada no módulo 6. A taxa é de R$ 15 para alunos e R$ 35 para profissionais. Os estudantes precisam apresentar guia de matrícula.

A programação está disponível no portal www.uefs.br.

Mais informações através do telefone (75) 3161-8297.

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Uefs desenvolve atividades sobre o câncer de mama

 

A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) realiza evento educativo sobre o câncer de mama, nesta quinta-feira (31), de 9 às 12h. As atividades, abertas ao público, serão desenvolvidas no Anfiteatro do módulo 2, campus universitário.

A iniciativa faz parte do Outubro Rosa, mês marcado por ações do Ministério da Saúde para intensificar discussões sobre o tema e estimular a realização de exames para detecção precoce do câncer de mama.

O evento “Uefs no Outubro Rosa – O que você sabe sobre o câncer de mama?” terá palestras sobre informações diversas, como diagnóstico e tratamento da doença, com a participação de professores do Departamento de Saúde da Instituição. A organização do encontro solicita que as mulheres, preferencialmente, vistam roupas na cor rosa, que é a tonalidade símbolo da campanha.

Mais informações através dos telefones (75) 3161-8191 e 3161-8318.

 

Programação

9h – Apresentação Musical – Estudantes do Curso de Música da Uefs

9h30 – “O que você precisa saber sobre o Câncer de Mama”

Profª Rita de Cássia Rocha – Enfermeira, docente do Departamento de Saúde/Curso enfermagem da Uefs

10h10 – “Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Mama”

Profº Flávio Amorim Machado – Médico Mastologista – docente do Departamento de Saúde/Curso de Medicina da Uefs

11h – Discussão

12h – Encerramento

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Martha Medeiros fala de desassossego

 

A Raça dos Desassossegados

 

Martha Medeiros

Foi no livro A caverna, de José Saramago, que o personagem Cipriano Algor definiu seu genro Marçal como um homem ‘da raça dos desassossegados de nascença’. Logo, pensei ao ler, ‘eu também sou’, assim como você deve estar pensando, ‘me inclua nessa’. À raça dos desassossegados pertencemos todos, negros e brancos, ricos e pobres, jovens e velhos. Bem, desde que tenhamos duas características: a inquietação (que nos torna insuportavelmente exigentes conosco) e a ambição de vencer não os jogos, mas o tempo, esse adversário implacável.

Desassossegados do mundo correm atrás da felicidade possível, e uma vez alcançado seu quinhão, não sossegam: saem atrás da felicidade improvável, aquela que se promete constantemente, aquela que ninguém nunca viu, e por isso sua raridade. Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressados, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem menos amor do que planejavam. Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam antes de concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam. Desassossegados não podem mais ver o telejornal porque choram, não podem sair mais às ruas porque tremem, não podem aceitar tanta gente crua habitando os topos das pirâmides e tanta gente cozida em filas, em madrugadas e no silêncio dos bueiros.

Desassossegados vestem-se de qualquer jeito, arrancam a pele dos dedos com os dentes, homens e mulheres soterrados, cavando sua abertura, tentando abrir uma janela emperrada, inventando uns desafios diferentes para sentir sua vida empurrada, desassossegados voltados pra frente. Desassossegados têm insônia e são gentis, as verdades imutáveis os incomodam, riem quando bebem, não enjoam, mas ficam tontos com tanta idéia solta, com tamanha esquizofrenia, não se acomodam em rede, leito, lamentam a falta que faz uma paz inconsciente. Dessa raça somos todos, eu sou e só sossego quando me aceito.

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