Observação do Tempo
Amanhecemos
com os olhos de amanhã
e o dia é hoje.
.
Anoitecemos
com os sonhos de ontem
e a noite é hoje.
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E de tanta
falta de sintonia,
de tanta busca
e farta agonia,
rabiscamos no calendário
a morte dos dias
(Damário da Cruz)
Observação do Tempo
Amanhecemos
com os olhos de amanhã
e o dia é hoje.
.
Anoitecemos
com os sonhos de ontem
e a noite é hoje.
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E de tanta
falta de sintonia,
de tanta busca
e farta agonia,
rabiscamos no calendário
a morte dos dias
(Damário da Cruz)

Foto: Leni David
Toquinho, parceiro de Vinícius, interpreta Eu sei que vou te amar / Onde anda você, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, acompanhado pela Orquestra Sinfônica Arte Viva sob regência do Maestro Amilson Godoy
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Estará em cartaz no Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo até 22 de novembro, a exposição “Fotografias de um Olhar Educando sobre o Meio Ambiente”, com material produzido por alunos de escolas públicas de Feira de Santana.
O trabalho é fruto do Projeto de Extensão da Universidade Estadual de Feira de Santana “Luz e Cores: cultura nas escolas e o cotidiano através das fotografias”, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid/Biologia). As atividades foram coordenadas pelo estudante de Biologia da Uefs Davi Henrique Codes e pelo professor Marco Antonio Barzano, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
São 60 fotografias produzidas com os mais variados equipamentos, “que demarcam a importância do fotografar para o aprendizado dos jovens e ensinam a promover a preservação da natureza”, revelou o professor Marco Barzano. Nas oficinas o principal objetivo foi refletir e debater o uso da fotografia como tecnologia do cotidiano, capaz de expressar e construir as mais variadas sensações.
O Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo está localizado na Rua Tupinambás, 275, bairro do São João, Feira de Santana, Bahia.
Tive a honra de receber o mais novo livro de poemas do poeta Iderval Miranda, lançado em junho de 2013. Motivos diversos me obrigaram a deixa-lo na estante, espiando para mim e impondo a sua presença. Acontece que “Então”, não é um livro qualquer; não é para ser folheado. Ele é documento, memória, poesia, vida.
Publico hoje o primeiro poema, aquele que me prendeu. Aos poucos apresentarei as diversas facetas desse livro instigante.
Breve metafísica
já não me bastam as pequenas fantasias,
ou volúveis sonhos, as noites de desespero.
diante de mim,
o deserto da grande espera
e o infindável horizonte do nada.
assim caminharei,
por sobre pedras e espinhos,
buscando em carne e espírito
o que foi sem nunca ter sido.
In MIRANDA, Iderval. Então (poemas). Feira de Santana, Tulle, 2013, p. 83.
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